Discussão sobre estatistica
Refletindo sobre o estudo que nos remeterá aos documentos analisados, vemos que os mesmos são tidos como a pedra fundamental para Karnal, pois é ali que a mágica irá acontecer. Essa discussão acerca das fontes de certa forma é essencial para que possamos preservar o sentido histórico do mesmo, segundo ele.
Todo documento antes de se tornar fonte foi escrito por alguém, e seu valor histórico virá após a análise do pesquisador, ou seja, de certa maneira o documento não se faz sozinho, é necessário à intervenção de alguém para classificá-lo, afinal será o historiador quem determinará o que é fonte histórica.
Deixando um pouco de lado as fontes escritas, e partindo para a fonte oral, podemos fazer uso do pensamento de Ginzburg, que em seus escritos trabalha com a idéia do inquisidor, onde tudo será revisto, em busca de pistas sobre o passado, nesse trabalho ele é comparado ao antropólogo, que faz uso de vestígios para compreender fatos que norteiam o passado.
Compramos os pensamentos expostos ao investigador em busca de minúcias as quais poderão responder a indagações presente na análise histórica ou aumentar ainda mais a problematização das perguntas chegando-se sim ou não a uma resposta de nossas dúvidas historiográficas.
Podemos ressaltar que a busca pela verdade acaba por impor a sua vontade, e segundo Ginzburg este é o trabalho do inquisidor tentando colocar suas vontades a frente da dos réus. Ressaltamos neste estudo que deve-se levar em consideração que na história oral, podem existir influências nas respostas obtidas, afinal podemos estar inconscientemente favorecendo uma das partes interessadas, e não sendo imparcial nessa relação entrevistador – entrevistado. Outro ponto que deve ser abordado é o silêncio da fonte, que precisa ser analisado, pois nele podem estar impregnados grandes revelações. Destacamos que as minúcias, ou seja os pequenos detalhes devem ser notados, pois é através desse ponto que o historiador irá tomar