Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens
Rousseau publicou em 1755 o seu Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. Nele, Rousseau não aponta soluções para a desigualdade, mas identifica a natureza deste problema, para o qual O contrato social, publicado sete anos depois, busca a cura.
Ele coloca como o primeiro sentimento do homem foi o de sua existência. Um extinto de “animal” levou o homem a usar seus recursos para satisfazer suas necessidades, sem sentimentos afetivos.
A medida a raça humana se expandiu, aumentaram também as dificuldades – adaptação com solos, clima. Se vivessem perto dos mares, tornaram-se pescadores, nas floresças, caçadores. Essa adequação gerou comparações entre eles [fortes, grandes, rápidos...]. Com isso o homem encontrou situações em que o interesso comum poderia fazê-lo contar com a ajuda de seus semelhantes. Uniam-se em bandos para fins de alimentação, proteção e procriação. Acabada tal necessidades, seguiam cada um por si.
Passado alguns séculos, o homem vira o surgimento de novas exigências e assim, seus primeiros progressos – moradia em cavernas, utilização de objetos cortantes como utensílios, utilização da terra. Nessa época se deu uma primeira revolução, na qual surgiram noções de “família” e uma idéia de propriedade.
A noção de propriedade criou nos primitivos a idéia de acumulação de bens e, conseqüentemente, superioridade entre os demais. Essa suposta superioridade foi o estopim para o início dos conflitos entre os homens de uma mesma tribo.
No caso das famílias, homens e mulheres a deixarem de lado o comportamento selvagem que tinham. O habito de viver juntos, deu origem aos sentimentos de amor conjugal e paterno. Cada família se tornou uma pequena sociedade e foi ai que se estabeleceu as primeiras distinções dos sexos: mulheres tornaram-se mais sedentárias, com função de cuidar do lar e dos filhos e os homens iam buscar a subsistência.
Então tudo começa