Discurso Narrativo
Discurso narrativo:
SINTAXE
Enunciados de estado (são os que estabelecem uma relação de junção)
Disjunção: revelada pela negação (Seixas não é rico);
Conjunção: revelada pela conjunção “ser” (Seixas é rico);
Enunciados de fazer:
Mostram as transformações de um estado a outro (Seixas ficou rico) passou de um estado inicial “não rico” a um estado final “rico”
Tipos de enunciados de estado:
De privação: estado inicial conjunto e estado final disjunto;
De liquidação: estado inicial disjunto e estado final conjunto;
Uma narrativa complexa estrutura-se numa sequência canônica, que compreende 4 fases:
Manipulação: um sujeito age sobre outro para levá-lo a querer e/ou dever fazer alguma coisa (o manipulador e o manipulado). Exemplos de tipos de manipulação:
1. Tentação: Se você comer, ganha uma Coca-Cola;
2. Intimidação: Se você comer, não vai ver televisão;
3. Sedução: Pus essa comida no seu prato, porque você é grande e é capaz de comer tudo;
4. Provocação: Pus essa comida no seu prato, mas eu sei que, como você é pequeno, não consegue comer o que está aí;
Competência: o sujeito que vai realizar a transformação central da narrativa é dotado de um saber e/ou poder fazer;
Exemplo: nos contos de fada, o poder aparece, por exemplo, sob forma de um objeto mágico que dá ao príncipe um poder de vencer o dragão: anel mágico, espada...
Performance: fase em que se dá a transformação (mudança de um estado a outro) central da narrativa (disjunção para conjunção).
Exemplo: Libertar a princesa presa pelo dragão.
Sanção: ocorre a constatação de que a performance se realizou e, por conseguinte, o reconhecimento do sujeito que operou a transformação;
Exemplos: Distribuem-se prêmios e castigos; o bem é premiado e o mal, punido; os falsos heróis desmascarados e os verdadeiros são reconhecidos;
OBSERVAÇÃO >> As fases da sequência canônica:
Muitas vezes ficam ocultas (temos que pressupor);
Às vezes não se realizam completamente;
Também não possuem