Discurso do Método
Discurso do Método, de René Descartes
Em Discurso do Método, Descartes fala sobre o estabelecimento de princípios filosóficos a partir da razão, baseando-se apenas em fatos e verdades. O autor discorre sobre a diferenciação entre o falso e o verdadeiro, e sobre o desenvolvimento de uma linha de raciocínio a fim de construir uma mente aberta, capaz de explorar a verdade por si só.
O autor afirma ter encontrado um método particularmente eficaz e produtivo de guiar sua razão, o qual lhe ajudou a fazer muitas descobertas significativas em sua pesquisa científica. Empreende explicar seu método contando ao leitor a história de seu desenvolvimento intelectual e de como chegou a este método.
Descartes afirma que desenvolveu seu método principalmente a partir de conhecimentos recebidos após cursar o curso de filosofia aristotélica, ensinado ao autor por padres jesuítas. Ao autor teria sido dito que este encontraria conhecimento e certeza no curso, porém muito do que obteve foi descontentamento. Não tinha encontrado certezas, apenas dúvidas crescentes, e assim que deixou a escola, começou a viajar ao redor do mundo, aprendendo sobre diferentes povos e costumes.
O real ápice da mudança ocorreu em dez de novembro de mil seiscentos e dezenove, quando Descartes passou um dia solitário em seu aposento refletindo. O autor decidiu então duvidar de todas as suas opiniões e crenças, prendendo-se apenas a determinados princípios, guiando-se a partir de princípios morais, os quais o ajudariam a viver produtivamente durante este período da dúvida. Aplicando estes princípios à álgebra e à geometria, o autor obteve grande sucesso, descobrindo assim a geometria analítica.
Passados nove anos do curso, Descartes estabelece-se na Holanda e começa uma investigação filosófica sistemática. O autor duvida de praticamente tudo, exceto de sua existência. Percebe então que o fato de estar constantemente refletindo e duvidando alimenta sua existência, e assim, chega à sua famosa