discurso do metoto

O discurso do método é uma obra autobiográfica na qual Descartes tenta mostrar o método que ele escolheu, ele não tenta estabelecer uma doutrina ou mesmo um modelo, mas sim demonstrar o modo de vida que escolheu. O discurso foi dividido por ele em seis partes que tratam basicamente dos princípios de filosofia e as regras para direção do espírito.
Na primeira parte o autor faz uma crítica ao colégio e aos professores e faz um balanço sobre os livros que leu, é nessa parte que ele se liberta de seus preceptores e abandona o estudo de letras para procurar apenas a ciência que venha dele mesmo.
Na segunda parte estão as principais regras do método. Passa a confiar somente na sua razão individual e intemporal. Ele propôs um método que, incluindo as vantagens da lógica, da geometria e da álgebra, evitasse, ao mesmo tempo, os seus inconvenientes. Para isso, formula então quatro regras fundamentais: evitar a prevenção e a precipitação, só aceitando como verdadeiras as coisas conhecidas de modo evidente como tais e não admitir no juízo senão o que se apresentasse clara e distintamente, excluindo qualquer dúvida (tem como critério a verdade, a clareza e a distinção das ideias); dividir cada dificuldade em tantas parcelas quanto seja possível e quantas sejam necessárias para resolvê-las; Conduzir em ordem os pensamentos, começando pelos mais simples e mais fáceis de conhecer, a fim de ascender, pouco a pouco, por degraus, até o conhecimento dos mais compostos, supondo uma ordem mesmo entre aqueles que não precedem naturalmente uns aos outros; fazer sempre inventários tão completos e revistas tão gerais que se fique certo de nada ter omitido.
Na terceira parte estão algumas das regras da Moral que Descartes tirou desse método. Descartes parte da dúvida chamada metódica, porque ela é proposta como uma via para se chegar à certeza e não é dúvida sistemática, sem outro fim que o próprio duvidar, como para os céticos. Formula então quatro máximas fundamentais que chamou de