DIscurso de o dio

Mestrandas: Cristiane Penning Pauli de Menezes, Elany Almeida, Júlia Rebelato e Nathalie Kuczura Nedel
Professora: Dra. Rosane Leal da Silva
Seminário 2: A emergência da intolerância e dos discursos de ódio na Internet e o tratamento jurídico do tema: desafios para promoção da interculturalidade
Data: 27.04.2015

OS DISCURSOS DE ÓDIO PROPAGADOS NO AMBITO DA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO: A NECESSIDADE DE COMPREENDER O PANORAMA JURÍDICO E PSÍQUICO COMO FORMA DE COIBIR EFETIVAMENTE ESSAS PRÁTICAS

Inicialmente, importante delimitar de onde se fala, ou seja, a partir de que forma de sociedade ou de que momento se está tratando a temática ora proposta. A análise partirá da propagação dos discursos de ódio, estes entendidos como uma discriminação externalizada, isso é, trata-se de uma manifestação segregacionista, baseada na dicotomia superior (emissor) e inferior (atingido) e, como manifestação que é, passa a existir quando é dada a conhecer por outrem que não o próprio autor,1 no âmbito da chamada sociedade da informação. Frise-se que existem várias nomenclaturas para definir a sociedade atual. Todas elas evidenciam progresso e utilização de ciência e tecnologia, em especial as TICS, bem como pelo fato de se estar substituindo o capital pela informação como fonte central da economia.2 Sendo que no presente estudo, optou-se por adotar a terminologia sociedade da informação utilizada por diversos autores, dentre os quais Lash3 e Gonçalves. Essa sociedade da informação caracteriza-se pela inserção das novas tecnologias da informação e da comunicação na vida econômica, social e política.4 Em suma, está-se em uma era em que substitui-se o princípio do nacional pelo global, a lógica industrial é trocada pela informação e a lógica do cultural substitui a lógica do social. 5 Essa sociedade apresenta questões positivas e outros pontos negativos, como por exemplo, a propagação do discurso de ódio com maior alcance. Nesse viés:

sociedade da informação é configurada ora como uma