Discurso da servidao voluntaria
Autor do texto: Étienne de la Boétie
Autora da resenha: Camila Diniz Pantoja
O Discurso da Servidão Voluntária ou O Contra Um de Étienne de la Boétie é uma crítica negativa àqueles aceitam de bom grado e trabalham para a dominação de um sobre todos, como se tal coisa fosse natural ou necessária para a sobrevivência da humanidade. O autor defende que a liberdade é um direito natural do ser humano, e se de alguma maneira essa liberdade lhe é tirada, isto ocorre por imposição. Étienne acredita governo onde tudo é de um e todos servem a este não é um governo de liberdade e sim de tirania, pois aquele que tem poder é o sujeito da vontade e pode escolher fazer tanto o bem como o mau; e o que ocorre é que este costuma fazem outra coisa senão trabalhar para satisfazer suas ambições e desejos em detrimento dos outros.
O autor inicia o texto citando Ulisses em Homero, cuja declaração é uma defesa a “que um só seja o rei” e que todos os obedeçam. A partir dessa frase ele se questiona porquê se torna possível que numa sociedade apenas um consiga dominar sobre tantos outros a ponto de oprimi-los, se logicamente há mais força em muitos do que apenas em um. Ao que parece, para ele, alguns bons estão “encantados e enfeitiçados pelo nome de um”, crendo que este um é merecedor de toda honra por possuir qualidades e direitos naturais de nascimento. Sendo o dominador bom, creditam a ele ainda maior devoção e lhe concedem maiores honras e vantagens. Contudo, não veem, quer seja bom ou seja mal, este único sujeito tem o poder sobre eles. Não conseguem ver que existe outra possibilidade, pois foram iludidos pela visão do aparentemente inalterável, não conheceram a não-dominação e foram educados a não valorizar a liberdade. O costume os amortece embotando o espírito, que não tem consciência da sua condição. Este costume que torna a pessoa ingênua é a primeira razão da servidão voluntária, segundo