Discriminação racial e mercado de trabalho
Resumo
Ao longo da História do Brasil, a etnia negra sempre conviveu com problemas relacionados ao mercado de trabalho. Após quatro séculos de escravidão, desde o início do período republicano e o processo abolicionista, a população negra sempre teve dificuldade na inserção ao mercado de trabalho, em razão da discriminação praticada, algumas vezes de forma velada e disfarçada, mas que coloca a etnia negra fora dos padrões de emprego e marginaliza-os como subempregados e desempregados. No 3º milênio, o governo brasileiro lutar para efetivamente colocar o negro em patamar de igualdade com as demais etnias que formam o povo brasileira, numa tentativa de caracterizando a quebra da invisibilidade da temática racial da população negra, que compõem quase a metade da população da população nacional de acordo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (Censo de 2000).
Palavras - chaves: Discriminação Racial, trabalho, negros
Introdução
À medida que a sociedade capitalista se desenvolve, rompe-se com a estratificação social e com a ideia de servidão, até então dominante. O homem passa a ser livre para dispor, como quiser, da sua propriedade, que significava, segundo o liberalismo nascente, a sua vida, a sua liberdade e os seus bens. Assim, o trabalhador do campo, ainda preso à terra, pode considerar-se proprietário da sua força de trabalho e vendê-la aos donos dos meios de produção (proprietários); pois a sociedade que estava se consolidando era uma sociedade de proprietários livres. No que se refere ao trabalhador escravo negro no Brasil colonial, a situação era dramática e, ao contrário do que muita gente supõe, a abolição contribuiu para a extinção da escravidão, ao mesmo tempo, que colocou à procura de emprego, de uma só vez, mais de 7 milhões de habitantes, caracterizando o que poderia ser chamado de desemprego estrutural negro, fato que contribui para a explicação para a marginalidade negra