Disciplinamento Biopoder
O sistema capitalista global que vivemos vai se aproximar de uma época preocupante . Os seus quatros pilares são, respectivamente, a crise ecológica, as consequências da revolução biogenética, os desequilíbrios internos do próprio sistema que são os problemas vividos pela propriedade intelectual, os conflitos vindouros em torno das matérias-primas, dos recursos alimentares e da água e o aumento explosivo das divisões e exclusões sociais.
Quem escreveu esta previsão foi o Slavoj Zizek, em seu livro Viver no Fim dos Tempos, publicado em 2011. Zizek estando certo, temos que ler este material e o mais rápido possível, quando acontecer o apocalipse comprar mantimentos para a catástrofe mundial, sem até preocuparmo-nos se os alimentos estão contaminados, se foram elaborados com trabalho escravo, se estão de acordo com os pesos e medidas, ou se os componentes descritos no rótulo estão corretos. O fim é o fim. Porém, ainda que não se possa cochilar, a tese do fim dos tempos é uma previsão que aponta para determinadas condições problemáticas que estão contribuindo para a crise mundial dos últimos anos. E as crises, ecologias, biogenéticas, desequilíbrios dos sistemas, desigualdades, lidam, em linhas gerais, ou com o direito especialmente o discurso que faz a lei, ou com a sustentabilidade social e ambiental, e com o papel central tanto da ciência quanto da tecnologia para o padrão de desenvolvimento humano.
A parte pior da crise nem tem sido pelo lado dos fatos catastróficos, mas pela falta de soluções sistêmicas que realmente produzam efeitos significativos. As tentativas mundiais, feitas pela ação da ONU e demais agências internacionais, têm sido pela defesa do desenvolvimento humano sustentável, pelo reforço das políticas públicas assistenciais e de transferência de renda, pelas inclusões cidadãs de temáticas culturais e multiculturais, bem como pela discussão da ética e da bioética.
Todas, as iniciativas muito