Diretório
A instabilidade política interna e o agravamento da crise econômica tornaram-se uma das características do governo do Diretório, organizado segundo os critérios de uma nova Constituição aprovada em 1795. Assim, cada vez mais, a alta burguesia tornou-se dependente do poder militar.
Para a burguesia, o risco da radicalização tornou-se evidente quando ocorreu, em 1795-1796, a chamada Conspiração dos Iguais, que foi liderada por Graco Babeuf. No programa do movimento, traçaram-se os objetivos para se alcançar a igualdade de fato, ao se defender:
• A supressão da propriedade privada;
• A criação de armazéns comuns nos quais seriam depositados os frutos do trabalho agrícola;
• a repartição dos gêneros de primeira necessidade entre todos os indivíduos, observando-se a mais escrupulosa igualdade;
• A implantação de uma administração comum, de acordo com a vontade de todos os homens;
• A implantação de uma democracia social;
A reação foi em maio de 1797, Babeuf e alguns de seus seguidores foram guilhotinados.
A Conspiração dos Iguais revelou o quadro de instabilidade política e a crise socioeconômica que afetavam a República francesa naquele momento. Evidenciou também, a própria fragilidade do governo do Diretório e da alta burguesia termidoriana.
Assim, a 18 Brumário (9 de novembro de 1799), o principal general do exército, Napoleão Bonaparte, contando com o apoio de expressivos setores da alta burguesia e dos meios militares, sem resistência e a pretexto de um golpe "terrorista" que deveria ser evitado, derrubou o Diretório e assumiu o poder.
"A revolução acabou", estas foram as primeiras palavras de Napoleão como primeiro Cônsul. Abriu-se assim, caminho para a instalação