Diretrizes para TCC
No início do Séc. XX havia um sentimento geral de que não era mais possível renovar a arte tradicional. As escolas literárias repetiam suas fórmulas. A superficialidade convivia com a crença de que a evolução tudo comandava e pouco cabia ao homem nesse processo.
Em Portugal, a produção literária e plástica era ainda profundamente marcada pelo classicismo racionalista e naturalista, em manifestações apáticas e decadentes, que evidenciavam forte resistência à inovação. Ao monótono e decadente rotativismo político correspondia uma não menos monótona e decadente produção intelectual. Os interesses materiais dos burgueses sobrepunham-se aos interesses culturais, condicionando a liberdade de expressão.
No entanto, um movimento forte e amplo - o Modernismo - viria dar fim a esta apatia e implantar o inconformismo.
Essa escola literária, não foi apenas produto de uma evolução estética: ele decorreu de todo um estado de espírito formado pela cultura da época e que repercutiria em todas as artes, integrando literatura, pintura, música arquitetura, cinema, etc.
O Modernismo surgiu em Portugal por volta de 1915, com a publicação das revistas Orfeu (1915), Centauro (1916) e Portugal Futurista (1919). A primeira atitude dos novos escritores foi esquecer o passado, desprezar o sentimentalismo falso dos românticos e adotar uma participação ativa e dentro da realidade da vida moderna; os novos autores deveriam primar pela originalidade de idéias e, na poesia, não deveriam se prender à rima e à métrica.
É também nesta época, início do século XX, que se viviam grandes tensões na Europa por causa da I Guerra Mundial, e é também neste período que Florbela Espanca estava começando a se tornar uma das escritoras mais célebres de sua época.
Modernismo Em meio a tensões pós 1ª Guerra Mundial, surgiu o Modernismo Português, que revelou vários escritores da época, entre eles Florbela Espanca, de quem vamos tratar especificadamente.
Nesse contexto surgiram