Direitos humanos
Não há homem feliz sem a cidade o ser; não há cidade feliz sem o homem o ser. Ao falarmos em cidadania, estamos falando de ética e política e, como diziam os gregos, as duas eram inseparáveis e uma dependia da outra. Ser cidadão significa ser sujeito de direitos e deveres. Cidadão é, pois, aquele que está capacitado a participar da vida da cidade, da polis, isto é, de agir politicamente, transformando a cidade e se transformando a partir dela.
O homem enquanto indivíduo é visto como um indivíduo egoísta, que elege quais são os seus valores morais enquanto indivíduo, elegendo muitas vezes apenas o que o agrada e o que o favorece. Mas, enquanto cidadão, isto é, sujeito coletivo, é uma pessoa moral, que possui direitos e deveres escolhidos socialmente, os quais cada indivíduo possuirá sempre em detrimento de outros.
Hoje, podemos dizer que são direitos humanos, não apenas o direito à liberdade e à vida, mas também o direito à saúde, à educação, à moradia, ao meio ambiente saudável, entre outros. Por isso, os valores que norteiam a afirmação e a prática dos direitos humanos são a dignidade e a alteridade, de modo que os direitos humanos se inserem na sociedade como um componente ético, implicando, além da participação do Estado, um comprometimento da sociedade e da comunidade internacional.
A ética é um dos temas mais trabalhados no pensamento filosófico contemporâneo. Talvez, neste espaço de tempo compreendido entre o fim do século que passou e início deste, a humanidade esteja mais preocupada com esse conjunto de normas e regras morais de conduta e comportamento, em decorrência do grande “vazio moral”. Até mesmo na guerra e entre os bandidos há a necessidade de se estabelecerem regras, se imporem limites, de aprendermos a nos relacionar uns com os outros, dentro desse estreito presente.
A ética não é apenas uma abstração acadêmica, não consiste em apenas criticar (julgar) os