Direitos humanos e cidadania no plantão policial
Introdução
Vivemos atualmente uma crise na segurança pública. Todos nós cidadãos sofremos com a violência no nosso dia-a-dia, com ocorrências de roubos, furtos, crimes sexuais, hackers na internet, nossas crianças á mercê de pedófilos, são muitos os crimes com os quais convivemos diariamente. A polícia se mostra impotente na proteção do cidadão, e as estatísticas mostram que a tendência no mínimo é de se estabilizarem as ocorrências nos patamares atuais. Falar em diminuição de crimes sem pensar em políticas públicas eficientes para a segurança é o mesmo que acreditarmos em contos de fadas.
Os nossos governantes praticam políticas que promovem visibilidade, como o fornecimento de armamentos, viaturas e equipamentos para as forças policiais, mas não investem no homem, no material humano. Não há uma política de Recursos Humanos eficiente, e o que temos é uma situação em que o policial se sente desvalorizado pelos governantes e sem perspectivas funcionais.
Trabalho como policial civil há vinte e cinco anos, e ao longo deste tempo a sociedade e as polícias se modificaram, entretanto constatamos que não há uma plena interação do policial civil com o cidadão. Atuando como plantonista, constatei que o cidadão muitas vezes, quando vítima de um crime procura uma Delegacia de Polícia, e mais uma vez é vitimizado, desta feita pelo mau atendimento prestado nos plantões policiais.
São muitos os motivos que levam a este resultado, mas o principal deles é a desvalorização do policial civil. Diante da falta de recursos humanos, e deficiências administrativas, o policial entende ser o último estertor da Polícia Civil.
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A instituição policial civil carece de políticas públicas para a implantação de novos métodos de trabalho, readequação do serviço público com a modernização de sistemas operacionais e reforma no quadro de pessoal com a criação de cargos operacionais.
Entretanto, com a edição da Portaria Interministerial nº 2, publicada recentemente pela