Direitos humanos na visão de Josué de Castro
A fome na ótica de Josué de Castro é aquela que se torna letal progressivamente, resultando da subalimentação, criando o mapa da fome. A partir desse aforismo Castro consegue denunciar uma realidade que estava oculta. Sendo a fome e o subdesenvolvimento questões de políticas, salienta-se que os menos favorecidos são afetados de maneira aguda por que não dispõem de condições para suprir as necessidades nutricionais. Isso representa uma discrepância o papel constituído pelo Estado e a sua legalidade de forma prática. Isto é, não se vive com dignidade, como é previsto na Constituição.
Segundo a Emenda Constitucional 64/2010 da Constituição Federal, artigo 6º; “São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados.”
Paralela ao artigo supracitado, a obra de Josué de Castro tem aspectos que antecipam este pensamento, no que se refere às necessidades nutricionais. Na luta pela erradicação da fome, Castro antecipa a ênfase em direitos básicos da pessoa humana, que ganhariam mais notoriedade no contexto contemporâneo.
Costa e Pasqual (2011) destacam que:
Em 1932, Josué de Castro elaborou a pesquisa intitulada As condições de vida das classes operárias no nordeste. Foram entrevistadas 850 famílias buscando estabelecer a relação o valor do salário e a capacidade de compra, constatou-se que o gasto com alimentação era 69%