Direitos humanos na visão de Josué de Castro

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A contribuição de Josué de Castro para a promoção dos valores humanos engloba a problemática da fome e suas conseqüências para a sociedade. A máxima que marca o pensamento de Castro (1980) é: “Metade da humanidade não dorme porque tem fome e a outra metade não dorme porque tem medo dos que tem fome”. Através desse raciocínio ele transformou a sua vida numa busca incansável para tentar resolver essa problemática, gerando a idéia de que a fome só existia por causa do homem, que causa também as desigualdades sociais.
A fome na ótica de Josué de Castro é aquela que se torna letal progressivamente, resultando da subalimentação, criando o mapa da fome. A partir desse aforismo Castro consegue denunciar uma realidade que estava oculta. Sendo a fome e o subdesenvolvimento questões de políticas, salienta-se que os menos favorecidos são afetados de maneira aguda por que não dispõem de condições para suprir as necessidades nutricionais. Isso representa uma discrepância o papel constituído pelo Estado e a sua legalidade de forma prática. Isto é, não se vive com dignidade, como é previsto na Constituição.
Segundo a Emenda Constitucional 64/2010 da Constituição Federal, artigo 6º; “São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados.”
Paralela ao artigo supracitado, a obra de Josué de Castro tem aspectos que antecipam este pensamento, no que se refere às necessidades nutricionais. Na luta pela erradicação da fome, Castro antecipa a ênfase em direitos básicos da pessoa humana, que ganhariam mais notoriedade no contexto contemporâneo.
Costa e Pasqual (2011) destacam que:
Em 1932, Josué de Castro elaborou a pesquisa intitulada As condições de vida das classes operárias no nordeste. Foram entrevistadas 850 famílias buscando estabelecer a relação o valor do salário e a capacidade de compra, constatou-se que o gasto com alimentação era 69%

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