direitos huanos
A ideia de que a miscigenação era nociva à sociedade brasileira, degenerando todos os lados envolvidos (tanto negros como brancos), deveria explicar um estado de atraso presente em nosso país. O Brasil não seria civilizado por possuir muito do elemento negro em sua constituição social. No entanto, a construção de uma brasilidade - que incluísse o negro como ator social importante no estabelecimento de uma identidade nacional – foi levada a cabo por alguns pensadores e artistas nacionais, sobretudo na década de 20 do século passado. Neste bojo, estava inserida uma nova interpretação da miscigenação. O Brasil demanda um grande esforço interpretativo daqueles que assumem a hercúlea tarefa de entendê-lo: Um país fundado sobre bases extrativistas, inserido em uma dinâmica colonial na qual inseria-se o uso massivo de trabalho escravo, com trocas contínuas entre corpos sociais distintos e uma pluralidade cultural marcante. Obedecendo aos ditames europeus conectados à uma lógica de estratificação social na qual o “branco” colonizador assume como orientador do futuro histórico, acaba por relegar aos demais componentes etnoculturais um status subalterno. Tal situação é embasada primeiramente em elementos econômicos para depois trilhar as linhas da fundamentação científica, no século XIX. É nesse contexto avassalador que nasce o Estado brasileiro, sedento por construir uma identidade nacional.
Nesta atividade pede-se:
a) Que doutrina racial era prevalente nos fins do século XIX?
(Sobre esse tema leia a Apresentação, bem como o item “As Doutrinas Raciais” do Verbete A Identidade Nacional)b) Que correntes foram estas? Que autor é um expoente desta corrente?
(Leia o item “Construção Histórica” do verbete Identidade Nacional. Nele você poderá ficar por dentro das novas correntes que se opuseram à tese de embranquecimento)c) Será que em algum momento estivemos sob um ambiente democrático em relação à etnia em nosso país? Será que esta