DIREITOS CULTURAIS

DIREITOS CULTURAIS

No passado o homem era submisso das classes dominantes e da imposição da igreja. Alain Touraine um sociólogo francês em seus estudos sobre movimentos sociais aponta um novo sujeito pós-industrialização, que vive em conflito, em busca de si mesmo, de seus valores, do respeito por eles e o reconhecimento da sociedade.
Esse sujeito busca a realização de seus ideais e de seus direitos, são pessoas de interesses comuns, que se aliam e promovem movimentos sociais, como os consumidores e as mulheres. Alguns grupos buscam o direito de viver sua cultura de origem de mostrar a sua identidade, suas crenças, costumes, relações familiares e o direito de expressar sua religião, como o uso do véu de origem muçulmana e o solidéu chapéu de origem judaica que foram proibidos nas escolas francesas.
Essa busca realizada nas sociedades democráticas em razão de ver reconhecidos os direitos de igualdade, liberdade, justiça e solidariedade, é o que chamamos de busca aos direitos culturais.
No entanto há um paradoxo temporal nas afirmativas de Touraine quanto às complexidades culturais, com o passado e o presente, no passado éramos aprisionados pela “lei de Deus” todos deveriam seguir suas ordens, os governantes eram escolhidos por Deus, as pessoas não tinham liberdade cultural. Já no presente o que aprisiona são as sociedades capitalistas, o consumismo desenfreado, em que a sociedade vai perdendo sua identidade cultural em meio à globalização, a família e os costumes vão perdendo espaço o que acarreta na perca cultural.
Vale ressaltar a busca incessante para se encaixar em sociedade, uma vez que o conflito de identidade é grande, de um lado a identidade étnica (ligada ao seu grupo de origem) de outro a sociedade do consumo (impessoal, ligada aos bens materiais), é dai que nascem os conflitos de identidade e a grande questão de como a cultura se encaixaria nesse cenário tão antagônico, em que de um lado encontram - se as crenças e os costumes, e do outro o