Direito
1. Prolegômenos – A humanidade à beira da eternidade
Antes de tudo, é importante frisar que não somos filósofos, tampouco filósofos do direito. Somos meros profissionais de diferentes áreas em busca de novos conhecimentos, novos pensamentos, novos sentidos, de um novo coração. Visamos crescer com o que aprendemos em classe e com as tramas da vida. Procuramos evoluir como quem sobe os degraus de uma escada, não os levando conosco egoisticamente impedindo que outros também os galguem, mas sedimentando um caminho de crescimento conjunto, contínuo e harmonioso. Almejamos não somente acrescentar mais alguns dados a uma informação já dominada, mas procuramos realizar uma comunhão de conhecimentos, mesclando-os de forma a se tornarem de nível mais elevado, ao menos para nossa singular existência. Se o direito realmente tem algo a ver com liberdade, talvez possamos perceber que o mesmo tem suas raízes enterradas profundamente no coração humano.
Feita a ressalva, intentaremos demonstrar a possível interligação entre conceitos aparentemente desconexos como fé e razão, justiça e amor, concernentes a mundos tão distintos, mas todos instrumentos para a busca de uma sociedade justa. Será possível a razão e a fé andarem lado a lado tendo por objetivo uma sociedade harmoniosa em que pese sua natureza belicosa? Sem pretensões doutrinárias, o presente trabalho busca mostrar possíveis conexões entre estes entes que permitam explicar a atual crise vivenciada pelo Direito enquanto mero instrumento a serviço de poucos. Procuraremos demonstrar que cada época tem o seu espírito e cada século as suas próprias filosofias, fisionomias e modas.
2. Breve síntese da história da Filosofia – O inimigo interior
A filosofia, de etimologia das palavras philo (amor) e sophia (sabedoria), nos remete a um esforço de compreensão e entendimento, lato sensu, em uma reflexão