Direito
Do ponto de vista formal, o desenvolvimento de uma “república oligárquica” está cercado por uma curiosa contradição. Afinal de contas, como um regime marcado pela distribuição dos poderes e mecanismos de representação poderia conviver com o controle político de uma minoria? Para responder a questão devemos analisar bem as características gerais que traçaram o nascimento de nossa república.
Em um primeiro aspecto, observamos que a exigência da alfabetização e o voto aberto foram dois elementos que facilitaram em muito a fraude eleitoral nessa época. Com isso, os grandes proprietários de terra tinham condições para determinar o resultado final das eleições. Não raro, observamos que as elites agrícolas garantiam a eleição de seus aliados por meio de ameaças, a concessão de favores políticos ou a própria alteração do resultado de nossas eleições.
Além disso, observamos que o modelo político oligárquico foi extremamente negligente no que se refere ao desenvolvimento de políticas sociais. Do ponto de vista de seus representantes, a expansão da economia agroexportadora era mais importante que a resolução dos problemas sociais que atingiam boa parte da população. Sendo assim, vemos que a experiência oligárquica foi importante no aprofundamento das diferenças sociais no Brasil.
Por fim, o tempo das oligarquias também esteve marcado por uma série de revoltas que colocavam em questão a grave situação econômica do país. Em diferentes pontos da nação, observamos o desenvolvimento de