A HISTÓRIA E AS CORRENTES HISTORIOGRÁFICASA História surge, no século XIX, dentro do campo da Filosofia, como disciplina de Filosofia da História e já no século XX, dela desliga-se para se tornar Ciência, e passa a constituir seus próprios métodos de investigação, a exemplo das demais disciplinas, as chamadas, Ciências Humanas. (CHAUÍ, 2002, p 43 e 44)Segundo Magnoli (2003, p. 8 e 9), “Toda a ciência está embebida de política. (...) nas ciências humanas a política e a ideologia estão presentes no próprio processo de produção de conhecimento, já que elas são a matéria-prima de trabalho do cientista”.Por isso que a historiografia, no processo de construção da História, até se tornar disciplina autônoma e ser inserida nos currículos escolares, sofreu polêmicas transformações de cunho político, como também, influências de pensamentos ideológicos e filosóficos, como de forma aconteceu nos séculos XIX e XX. Primeiro na concepção de uma “História Tradicional” Positivista, e depois, com a chamada, “Renovação Historiográfica”, do Marxismo e do Grupo de Annales, a saber:POSITIVISMO - Corrente historiográfica influenciada pelo pensamento filosófico de Auguste Comte, e por outra corrente, o Idealismo alemão, propõe um modelo de “História Tradicional”, preocupados em cientificar a história do pensamento e do estudo humano, sugere a busca de fatos passados, limitados em si, numa temporalidade linear. Considerando que o conhecimento se explica por si, exige a neutralidade do historiador, separando-o de sua obra, a fim de tornar a história uma ciência, a exemplo da Física. Cabendo ao historiador somente coletar e recuperar os documentos escritos (Oficiais e do Estado), fazer uma análise minuciosa, sem interpretá-los, para se chegar a uma verdade única e absoluta.Com a ausência de uma síntese histórica, a História torna-se uma história de puros fatos isolados, de grandes eventos, grandes heróis, grandes personalidades, grandes impérios e dinastias. Nesse tipo de modelo o sujeito