A ruptura da ética com a política | | | | A crise política sem fim e sem precedentes sugere algumas reflexões sobre o problema da ética na política. Nenhuma profissão é mais nobre do que a política porque quem a exerce assume responsabilidades só compatíveis com grandes qualidades morais e de competência. O problema ético é bastante complexo, temos de ter consciência de que qualquer tentativa de construir uma ciência dos valores terá diante de si a árdua tarefa de desvendar a trama da ruptura da ética com a política, que determina o processo de formação da modernidade. Há um grande problema em relação a ética e a política, parecem der distintas uma da outra, porém carrega traços dependentes, onde o dever ético apela sempre para o indivíduo. E nenhuma profissão é mais importante, porque o político, na sua capacidade de definir instituições e tomar decisões estratégicas na vida das nações, tem uma influência sobre a vida das pessoas maior do que a de qualquer outra profissão. A ética: ela se comporta presente em qualquer sociedade e, por isso destaca a necessidade de cada um buscar o seu caminho próprio, em seguir a manada, diferencia portanto da moral pelo fato que a moral se refere aos costumes que a sociedade possui,ou seja, no rumo de adequar o indivíduo ao grupo social. Mas não vamos desenvolver uma oposição entre ética e moral, vale lembrar que há essas duas vertentes no modo pelo qual se pensa a ação humana: aquela que submete o dissidente á norma de sua sociedade e aquela que recusa a regra imposta, para só respeitar a livre e responsável escolha da pessoa. O grande erro já começa no ato da vontade humana que, prevalece. Concentrando-se na análise do indivíduo que age em contradição com a norma moral. Tal hipótese não leva em conta que um corpo político também pode funcionar em contradição com essa norma. É claro que no totalitarismo, assim como nas tiranias, o terror, a violência, a destruição das organizações políticas têm um