direito
“E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados” Ef 2.1
Este verso tem sido tanto abusado pelos calvinistas quanto minimizado pelos arminianos. Alegam os últimos que o verso apenas expõe uma forte analogia, e os primeiros, que o homem está morto espiritualmente da mesma forma que os mortos estão, fisicamente. Muitos calvinistas não permitem que os arminianos digam que o homem está verdadeiramente morto. O máximo que os arminianos poderiam dizer, segundo eles, é que o homem estaria „meio-morto,‟ ou „doente,‟ precisando de ajuda para se recuperar. Nada disso é verdadeiro se verificarmos o que disse Arminius sobre a condição do homem após a Queda. Ele não poupou palavras para expressar a incapacidade humana para se aproximar de Deus.
Não há dúvida de que estamos „mortos em ofensas e pecados,‟ incapazes de agradar a Deus em nosso estado natural, ou de merecer algum favor divino. Se não formos regenerados pelo Espírito, permaneceremos nessa condição, sem qualquer esperança de salvação. A questão diante de nós não é se o homem está morto ou meiomorto, pois é certo que ele está morto, mas até onde podemos forçar a analogia.
A maioria dos calvinistas faz um paralelo perfeito entre morte física e morte espiritual. Dizem eles que, assim como pessoas fisicamente mortas não podem fazer nada para voltarem à vida, pessoas espiritualmente mortas não podem fazer nada para nascerem de novo. Pessoas mortas não podem crer, não podem querer voltar a viver, não podem esticar suas mãos para receber qualquer dádiva de Deus, não podem gritar por socorro. O exemplo de Lázaro é quase sempre citado. Lázaro jazia morto e se Cristo não tivesse gritado „Lázaro, sai para fora,‟ e lhe dado vida, ele permaneceria morto.
Tudo isso é verdadeiro, se estivermos falando de pessoas fisicamente mortas. A verdade é que, se forçarmos demais a analogia, como fazem os calvinistas, então certamente não poderíamos crer, querer voltar a viver, gritar