Direito
Eutanásia é a prática pela qual se abrevia a vida de um enfermo incurável de maneira controlada e assistida. Além disso, a eutanásia representa hoje em dia uma complexa questão que envolve ética, direito e moral.
O que torna a questão delicada é o fato de que o estado tem como princípio a proteção da vida dos seus cidadãos como regra máxima, porém existem aqueles que devido a seu estado precário de saúde desejam dar um fim antecipado a vida mas de forma digna e conforme a lei. O problema começa nessa questão e se estende por dilemas muito subjetivos como crenças religiosas, dignidade humana, respeito à individualidade e vontade do cidadão, assuntos abordados em aula. Temas estes que foram dramatizados com realismo no filme MAR A DENTRO onde o ator, tetraplégico, deseja não somente a morte mas por fim ao seu sofrimento com dignidade.
Para quem argumenta a favor da eutanásia, acredita-se que esta seja um caminho para evitar a dor e o sofrimento de pessoas em fase terminal ou sem qualidade de vida, um caminho consciente que reflete uma escolha informada, o término de uma vida em que, quem morre não perde o poder de ser ator e agente digno até ao fim. São raciocínios que participam na defesa da autonomia absoluta de cada ser individual, na alegação do direito à autodeterminação, direito à escolha pela sua vida e pelo momento da morte. Uma defesa que assume o interesse individual acima do da sociedade que, nas suas leis e códigos, visa proteger a vida.
A eutanásia não defende a morte, mas a escolha pela mesma por parte de quem a concebe como melhor opção ou a única. Mas muitos são os argumentos contra a eutanásia, desde os religiosos, éticos até os políticos e sociais. Do ponto de vista religioso a eutanásia é tida como uma usurpação do direito à vida humana, devendo ser um exclusivo reservado ao Senhor, ou seja, só Deus pode tirar a vida de alguém. Outro dos argumentos contra, centra-se na parte legal, uma vez que o Código