direito
A escola tem grande dificuldade de exigir as normas sociais e de sancionar. Por outro lado, os pais parecem não querer disciplinar suas crianças. O Estado também disse que as crianças são seres a parte e não aplica a elas as mesmas regras de comportamento e sanções. A sociedade moderna está vivenciando uma verdadeira anomia infantil, em que a socialização não acontece plenamente. A autonomia não pode ser alcançada pelas crianças sem que antes seja feita a socialização, assim, não se pode entender como razoável a estipulação de normas pelos jovens que somente são pautados nas suas vontades.
“(...) Sob o pretexto de respeitar a independência da criança, ela é excluída do mundo dos adultos e mantida artificialmente no seu próprio mundo, na medida em que este pode ser chamado de um mundo. Essa retenção da criança é artificial porque extingue o relacionamento natural entre adultos e crianças, o qual, entre outras coisas, consiste do ensino e da aprendizagem, e porque oculta ao mesmo tempo o fato de que a criança é um ser humano em desenvolvimento, de que a infância é uma etapa temporária, uma preparação para a condição adulta”
É também a família que vai ensinar alguns valores importantes para os jovens começarem a traduzir seu mundo. Muitas vezes esses ensinamentos surgem a partir da imitação de atitudes dos pais ou responsáveis. Essa prática de imitação é inerente do aprendizado, porém pode causar problemas quando as práticas estão desconectadas de um discurso ou mesmo de um ideal. Famílias dificilmente irão ensinar, hoje em dia, um jovem a discriminar abertamente outras pessoas. Porém, esses jovens podem aprender condutas discriminatórias, mesmo quando veladas e aplicá-las.
O Estado vem sendo chamado pela sociedade para elaboração de leis de combate ao bullying. A maioria dos projetos de lei sobre o assunto trata do combate ao bullying na esfera da educação. Quanto ao bullying escolar, existem algumas leis brasileiras tratando do tema na esfera