Direito
Trabalho escravo
Em discussão! traz nesta edição os debates realizados pela Frente Parlamentar Mista pela Erradicação do Trabalho Escravo em 3 de fevereiro de 2011 na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado Federal.
Convidados:
• Maria do Rosário Nunes, ministra da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República
• Vera Albuquerque, secretária de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego
• Leonardo Sakamoto, presidente da organização não governamental Repórter Brasil
• Luiz Machado, coordenador do Projeto Nacional de Combate ao Trabalho Escravo da Organização Internacional do Trabalho
• Luis Antonio Camargo, subprocurador-geral do Trabalho
• José Nery, ex-senador e presidente de honra da frente parlamentar Fotos: J. R. Riper / Imagens Humanas
Trabalho escravo no mundo
Trabalho escravo cresce no mundo atual
Benjamin Skinner, jornalista e autor do livro A crime so monstrous: face-to-face with modern-day slavery (Um crime monstruoso: face a face com a moderna escravidão), afirma que o sul da Ásia, em geral, e a Índia, em particular, possuem mais escravos do que todas as nações do mundo somadas.
Canteiro de obra em Nanjing, China, onde lei não reconhece que adulto seja vítima de trabalho escravo. Foto: Adam Zwerner/CC
Segundo Skinner, também há centenas de milhares, talvez milhões, de escravos na América Latina. O Haiti teria cerca de 300 mil crianças escravas. Elas são oferecidas em troca de US$ 50 nas ruas de Porto Príncipe.
Dezenas de milhares de pessoas são traficadas da América Central e do México. Nos Estados Unidos, a maior parte dos escravos é mexicana ou lá chega por meio do México.
De acordo com o relatório global da Organização Internacional do Trabalho, as principais formas assumidas pela escravidão contemporânea são a prostituição e o trabalho forçados, este caracterizado como servidão por dívida.
A escravidão também