Direito e Literatura - O alienista

TITULO MAIUSCULAS NEGRITO1

Leandro Lima da Silva de Oliveira2 e José Ivanildo da Costa Navegantes Junior3
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1. O ALIENISTA: CRÍTICA AO POSITIVISMO PELA LITERATURA 2

Direito e Literatura mostram-se através de suas diversas convergências, dentre as quais se pode citar o fato das duas refletir o período em que estão inseridas. Assim, tanto o Direito quanto a Literatura estão em um constante ciclo, mudando de acordo com a vontade do povo; vale ressaltar que os dois servem como meio para conhecimento da sociedade a ser estudada. Nossa análise vai relacionar de forma a discutir questões nas quais hoje parecem pertinentes, de acordo com uma obra literária a fim de mostrar como a Literatura e Direito estão relacionados, relevantes ou não, essas questões merecem um enfoque de discussão e observação.
1.1 INTRODUÇÃO DA OBRA A LUZ DO DIREITO

A obra a ser abordada é “O Alienista” de Machado de Assis, com o tema da loucura humana e o poder insensato de Bacamarte. Através da sua linguagem irônica e muito humorada, Machado de Assis nos introduz na sociedade brasileira do século XIX, mostrando a influência da Ciência no período e o quanto a sociedade já possuía inversão de valores desde aquela época. O eixo principal da obra é o personagem Dr. Simão Bacamarte, um médico psiquiatra que só vive em função da ciência, e com o apoio das autoridades de Itaguaí, cidade do interior do Rio de Janeiro, o médico funda a Casa verde, lugar para pessoas loucas. No decorrer da obra, o doutor acaba por internar quase todos da cidade (menos os políticos que os apoiam), seguindo sua doutrina científica, segundo o qual os loucos eram as pessoas corretas. No fim ele acaba por descobrir que o único louco da cidade era ele mesmo. Esta análise do Alienista sobre a luz do Direito se divide em duas vias:
▪Poder, Estado e Direito em o alienista.