Direito e legislação
A ombudsman da Folha-papel, Suzana Singer, colecionou primeiras páginas de jornais de diferentes países, em sua critica diária do jornal, e em todas elas, Liz aparece jovem como eu me lembrava. Até na Folha, que não é lá muito de alisar ninguém.
Como se tratava de uma figura midiática como poucas, não seria difícil encontrar fotos do período de declínio. Mas se algum jornal a publicou, publicou uma falsidade. Não seria a Liz Taylor, que ficou para sempre jovem e linda na memória de qualquer um que tenha visto ao menos um de seus filmes.
Maruja Torres, colunista do jornal espanhol "El País", quase sempre dura nos seus quase sempre excelentes textos, encheu-se de ternura para dar seu depoimento pessoal sobre a atriz: "Em 1994, durante a cerimônia dos Oscar, fiquei a dois metros de Elizabeth Taylor. Ela, colossal em sua pequena estatura. Acabava de receber o prêmio humanitário Jean Hersholt pelo seu trabalho contra a Aids --sua amizade com Rock Hudson deu início a ele-- e, no pequeno cenário, agarrava-se a ele como a um lança-chamas. O primeiro que te nocauteava era seu olhar violeta --os melhores olhos de Hollywood foram britânicos: Vivien Leigh, Jean Simmons, Elizabeth--, e, o segundo, seu caráter férreo. Um jornalista se atreveu a perguntar por um marido ou algo assim e ela o fulminou com seu silêncio. Era alguém".
Ou seja, era mais que uma atriz, mais que uma celebridade, era uma "deusa", para usar o título que "El País" deu à notícia de sua morte.
Morte? Engano. "Sobreviveu a todos, à