Direito e cia
DOCENTE: PEDRO R. CAMPANINI
SUMÁRIO
Capítulo I – Do mito à razão | 02 | Capítulo II – Noção Preliminar de Filosofia | 06 | Capítulo III – Filosofia do Direito na Grécia | 09 | Capítulo IV – Filosofia do Direito em Roma | 19 | Capítulo V – Filosofia do Direito na Idade Média | 21 | Capítulo VI – Filosofia do Direito do Renascimento até o Século XIX | 27 | Capítulo VII – Positivismo Jurídico | 37 | Capítulo VIII – Carlos Cossio | 42 | Capítulo IX - Miguel Reale | 43 | Textos | 46 |
CAPÍTULO I
DO MITO À RAZÃO
Filosofar é ver o relâmpago como fenômeno natural e não como vingança ou ameaça divina.
I - PANORAMA HISTÓRICO E CULTURAL
- A civilização grega se desenvolveu na Península Balcânica, a mais oriental do sul da Europa, rodeada por inúmeras ilhas. Com relevo montanhoso, grupos humanos isolados e autônomos foram se criando: as cidades-estados (polis).
- A sociedade grega era organizada em monarquias, com caráter divino; e religião politeísta baseada na mitologia. O período era teocêntrico.
- O crescimento populacional, a procura de terras férteis e o comércio incentivaram a navegação.
- Nos séculos VI e V a.C., as polis alcançaram o apogeu econômico, político e cultural. Neste período surge o confronto entre mito e filosofia. Podem ser apontadas, com maior profundidade, as seguintes condições históricas que permitiram o conflito entre mito e filosofia: �� as viagens marítimas: permitiram aos gregos descobrir que os locais que os mitos diziam habitados por deuses, titãs e heróis eram, na verdade, habitados por outros seres humanos; e que as regiões dos mares que os mitos diziam habitados por monstros e seres fabulosos não possuíam tais personagens. As viagens produziram o desencantamento ou a desmistificação do mundo, que passou, assim, a exigir uma explicação sobre sua origem, explicação que o mito já não podia oferecer; �� o surgimento da vida urbana: com predomínio do comércio e do