Direito Romano - Terceira revolução da plebe
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História Geral da Terceira Revolução da Plebe Ao longo do tempo, a constituição da cidade mudou. Em lugar de ser uma assembléia, constituída por pequenos Estados onde viviam famílias, como antes, fez-se a união, de um lado, entre os membros patrícios das gentes, e de outro, de homens de classe inferior, que passaram a viver fora da urbe. Formaram-se assim dois grandes grupos inimigos. Os patrícios queriam que a constituição religiosa da cidade fosse mantida e o governo permanecesse nas mãos das famílias sagradas. Enquanto que os plebeus queriam derrubar as barreiras que os excluíam do direito, da religião e da política. Na primeira fase da luta, a vantagem era da aristocracia nata, pois o povo só tinha em seu benefício grande número a favor, não possuía chefes e lhe faltava organização, disciplina e regras de governo. Essa classe inferior viu como meio de combater a aristocracia o apoio a monarquia, encorajando os reis a aumentarem seu poder. O povo aspirava restaurar a monarquia sob nova forma, elegendo chefes tiranos, detentores de uma autoridade que não derivava do culto, um poder que a religião não tinha estabelecido. Até então, não houve chefes de Estado senão os que obedeciam a lei religiosa, e só se fazia ato de submissão à divindade. A obediência a um homem era um poder de origem e de natureza humana, isso era desconhecido até que as classes inferiores rejeitaram os mandos da aristocracia e procuraram um novo governo. Esses tiranos seguiam uma mesma regra de conduta, atacavam a aristocracia ao mesmo tempo em que se apoiavam no povo. De fato, não foi por afeição ao regime monárquico que a plebe na Grécia e em Roma resolveu restaurá-lo. A monarquia era um recurso momentâneo, mantido até que o partido popular encontrasse um regime melhor ou se sentisse forte o suficiente para governar a si mesmo. A classe inferior obteve progresso pouco a pouco. No século VI antes da nossa era, a Grécia e a Itália viram surgir uma nova fonte de riqueza,