DIREITO ESPARTANO
Os espartanos constituíram-se em uma sociedade altamente militarizada, com uma rígida hierarquia e disciplina para manter a ordem social. Hierarquia, pois um grupo social dominava outros grupos sociais, colocando-se acima deles, e rígida, pois, quem nascia escravo, morreria escravo, não podendo alterar sua posição.
A organização dos membros da sociedade em grupos sociais formava a ordem social de Esparta, e a disciplina mantida pela força das armas impedia que as pessoas tentassem alterar esta ordem. Logo à frente serão descritos quais eram os grupos sociais de Esparta
Formada pelos dórios, povos guerreiros que invadiram a Península do Peloponeso por volta do século XII a.C., Esparta se localizava na planície da Lacônia, uma área de terras férteis, rodeada por montanhas e banhada pelo rio Eurotas.
A economia era baseada principalmente na agricultura, sendo que os que trabalhavam a terra eram os hilotas e os periecos.
Os hilotas eram servos pertencentes ao Estado, possivelmente descendentes da população que vivia na Messênia, que foram derrotados em várias batalhas pelos espartanos. Trabalhavam a terra que habitavam e tinham que pagar tributos ao
Estado, sendo mantidos sob dominação através da força e do terror.
Os periecos eram pessoas livres que habitavam as periferias das cidades e trabalhavam na agricultura, mas também exerciam trabalhos artesanais e comerciais, pagando impostos ao Estado. Possivelmente eram descendentes dos aqueus e tenham aceitado a dominação dória sem lutar. Tinham direitos civis, como o direito à propriedade e acesso a tribunais, porém eram excluídos politicamente, não podendo participar da vida política, como votar para a gerúsia.
Acima destes dois grupos sociais, dominando-os, estavam os espartanos ou esparciatas. Descendentes
diretos
dos
guerreiros
dórios,
os
esparciatas
desprezavam os trabalhos artesanais e de agricultura, sendo que os homens se dedicavam integralmente às atividades militares e à administração