Direito dos animais

2096 palavras 9 páginas
Vamos primeiro pensar no que os direitos dos animais pregam. No começo do livro do Peter Singer, Animal Liberation, ele fala sobre outros grupos minoritários que não tinham direitos no passado. Negros, por exemplo, eram considerados seres sem alma. A mulher cozinhava e tinha filhos para o marido. Mas ela não tinha alma, então não havia respeito. A mesma coisa acontece com os animais. O filósofo Jeremy Bentham falou: “Não importa se eles têm alma ou não. A pergunta é se eles sentem dor ou não”. Se um organismo tem a capacidade de sentir dor, não é nosso direito atribuir-lhe dor. Se sentem medo, não podemos passar-lhes o medo. Agora, o que o bem-estar prega? Prega que “tadinho do bichinho”, mas podemos explorá-lo, não vamos ser radicais. Então, podemos comer animais, desde que o abate seja humanitário. Eu digo que, se o abate pudesse ser humanitário, eu poderia matar uma pessoa para comer. De vez em quando a polícia prende um canibal e o chamam de maluco. Ele pode até dizer que não maltratou, só matou para comer, mas essa justificativa não será válida. Ele vai em cana mesmo porque fez uma coisa errada. Não há uma forma de abater humanamente, porque o abate é intrinsecamente errado. O organismo está vivo, está bem, e você o mata. Esta é a principal diferença: o bem-estar animal não diz que você não tem o direito de matar animais.
Em seu livro Rain Without Thunder: The Ideology of the Animal Rights Movement (1996), Francione argumenta que há importantes diferenças teóricas e práticas entre os direitos animais, os quais, ele afirma, requerem a abolição da exploração animal, e o bem-estar animal, que busca regulamentar a exploração para torná-la mais "bondosa" para os animais, isto é, mais "humanitária". Francione afirma que a diferença teórica entre essas duas abordagens é óbvia. A postura abolicionista é a de que nós não podemos justificar o fato de usarmos animais não-humanos, por mais "humanitário" ou "bondoso" que seja nosso modo de tratá-los; a postura a favor

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