Direito da infância e da juventude
O filme Última Parada 174 de Bruno Barreto, relata a história de um menino chamado Sandro que após a morte da mãe passa a experimentar o completo descaso do Estado e da sociedade para com os meninos e meninas abandonados ou em situação de risco. A tia do menino decide cuidar dele, mas este foge e passa a conviver com outros garotos marginalizados na Igreja da Candelária. Ali, Sandro passa a usar drogas e aprender a reagir frente a tanto descuido por parte do Governo e da sociedade. Ao contrário do que prevê a Constituição Federal de 1988 no seu artigo 227: "É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.", o menino se vê sozinho, lutando contra ele mesmo e contra toda a sociedade. Não existem programas governamentais, se existem não são suficientes, para acabar com o problema das crianças e adolescentes no nosso país. O que existem são paleativos. A sociedade finge não ver. O Estado não lança os olhos para este grave problema. Sem a menor dignidade, sem sequer tomarem conhecimento dos direitos prioritários que detêm estes meninos e meninas. Os direitos previstos no ECA e na Constituição Federal passam longe da realidade destas crianças e adolescentes, que simplesmente passam a ser vítimas do problema mas são vistas como bandidos. O menino tinha aspirações de mudar de vida, ter um lar com a garota que amava. Acontece que a mulher que amava era uma menina também vítima da situação