Dirceu Luto E Melancolia
CENTRO DE CIÊNCIAS DA VIDA
FACULDADE DE PSICOLOGIA
ANA CAROLINA CRUZ GOMES
FERNANDO PERRI
DÉBORA BISON DOMICIANO
GEANINI CAROLINE A. BAPTISTA
ISADORA ANDRADE DELLA COLLETA DE SOUZA
LUTO E MELANCOLIA
PUC CAMPINAS
2013
ANA CAROLINA CRUZ GOMES
DÉBORA BISON DOMICIANO
FERNANDO PERRI
GEANINI CAROLINE A. BAPTISTA
ISADORA ANDRADE DELLA COLLETA DE SOUZA
LUTO E MELANCOLIA
PUC CAMPINAS
2013
Em algumas pessoas, as mesmas influências produzem melancolia em vez de luto, o que nos permite afirmar que essas pessoas possuem uma disposição patológica.Ao fazer essa afirmação, voltamos a imposição que Freud cita em seu texto: abandonaremos toda e qualquer reivindicação à validade geral de nossas conclusões, e nos consolaremos com a reflexão.
A correlação entre melancolia e o luto, e suas causas, são as mesmas para ambas as condições. O luto é uma reação à perda de um ente querido ou à perda de alguma abstração que ocupou o lugar de um ente querido. Embora o luto envolva graves afastamentos daquilo que constitui a atitude normal para com a vida, jamais ocorre considerá-lo uma condição patológica e submetê-lo a tratamento médico. Precisa confiar que ele seja superado após certo tempo, e julga-se prejudicial qualquer interferência em relação a ele.
O luto profundo encerra as mesmas características que a melancolia: o mesmo estado de espírito penoso, a mesma perda de interesse pelo mundo externo, a mesma perda da capacidade de adotar um novo objeto de amor e o mesmo afastamento de toda e qualquer atividade que não esteja ligada a pensamentos sobre ele. É fácil constatar essa inibição e circunscrição do ego é a expressão de uma exclusiva devoção ao luto, que torna o mundo pobre e vazio.
O trabalho que o luto realiza é o teste da realidade que releva que o objeto amado não existe mais, passando a exigir que toda a libido seja retirada de suas ligações com aquele objeto. As pessoas nunca abandonam de bom grado uma posição