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Entre fins de fevereiro e 29 de outubro a sociedade brasileira participou de um movimento de massa, conhecido como queremismo. Caiu a ditadura do Estado Novo, mas cresceu o prestigio do ditador. O queremismo (Chartier) expressou uma cultura política popular e a manifestação de uma identidade coletiva dos trabalhadores
O “nos queremos” em primeiro movimento
O brigadeiro Gomes foi confirmado pela oposição como candidato a suceder Vargas no governo. Sem a censura, as criticas a Vargas tornaram-se virulentas. Mas os trabalhadores surpreendentemente gritaram, contra os estudantes do centro Acadêmico Onze de Agosto, “nos queremos Getúlio”. Os trabalhadores haviam o temor de que com a saída de Vargas da presidência os benefícios de legislação social fossem suprimidos, além de suspeitas e desconfianças em relação ao grupo político que se preparava para assumir o poder → o conjunto de leis de proteção ao trabalho (“trabalhismo” o “getulismo”) tinha que ser defendido. Os trabalhadores saíram nas ruas na luta por demandas políticas e não econômicas. O “mito Vargas” não foi criado na esteira da vasta propaganda política, mas expressava um conjunto de experiências que alterou a vida dos trabalhadores. Eles recebiam o apoio do DIP e o Departamento Nacional do Trabalho, mas sem a vontade política dos trabalhadores e a presença popular nas ruas, o apoio oficial e empresarial seria inócuo.
O brigadeiro e a UDN
O movimento de oposição surgiu oficialmente em 07/04/45 com o nome UDN que abrigava diferentes grupos políticos unidos pelo rancor a Vargas. Na imprensa, nos meios intelectuais, entre as elites, EDUARDO GOMES recebia apoio entusiasmado. Por sua vez o candidato do PSD, DUTRA, surgia em pequenas notas.
Os “nos queremos” em segundo movimento
Os trabalhadores impediam que a UDN realizasse manifestações públicas a favor do Gomes. No dia 20 de agosto foi programado um grande comício queremista, mas Vargas alegou que ele tinha o