Diogo Magalh Es
1.1 – Entre 1905 e 1960 Portugal registava um grande desfasamento cronológico em relação à Europa, devido à instabilidade política (queda da 1ª República em 1926; instauração do Estado Novo, a partir de 1932), atraso económico, social e cultural, em termos de cultura havia uma grande resistência à mudança estética, persistindo o gosto pelo Naturalismo, protagonizado por Columbano e José Malhoa. Os artistas portugueses no início do século XX continuavam a deslocar-se ao estrangeiro beneficiando de bolsas e alguns absorviam as novidades introduzidas pelas vanguardas. Era a lenta penetração da modernidade.
1.2 - A arte portuguesa na 1ª metade do século XX registava um grande desfasamento cronológico em relação à Europa. Até ao início dos anos 30, houve uma relativa liberdade artística, que foi extinta a partir de 1933, ano de criação de alguns organismos SPN ou Secretariado de Propaganda Nacional e o SNI – Secretariado Nacional de Informação, Cultura e Turismo, que o Estado Novo controlava. A produção intelectual afeta ao regime criou uma arte nacionalista e académica que esteve na Exposição do Mundo Português, em 1940. Por estas razões o modernismo em Portugal só se expandiu a partir de 1915 nas artes plásticas e entre 1925-30. Nas décadas seguintes, os artistas intelectuais continuaram a criar “à margem” do regime.
1.3 – Os principais agentes de introdução do Modernismo em Portugal foram Amadeu de Souza-Cardoso, José de Almada Negreiros, Fernando Pessoa e José Malhoa.
1.4 – Primeiro Modernismo foi corporizado por Santa-Rita e Almada Negreiros e pelas revistas Presença e Seara Nova, por novos pintores como Carlos Botelho, Dórdio Gomes, José Tagarro, por escultores como Jorge Barradas, Barata-Feyo, Diogo de Macedo, e pelos arquitectos Carlos Ramos e Jorge Segurado. A vitalidade e inovação destes artistas paralisaram logo que o Secretariado de Propaganda Nacional impôs um pensamento conservador. Segundo Modernismo ganhou estatuto como