Dinâmica de Grupo

Universidade do Estado do Rio de Janeiro
IFCH – Ciências Sociais
Márcia Souto
Práticas Pedagógicas com Dinâmicas de Grupo André Wiliam de Novais da Costa

Exercícios práticos de dinâmica de grupo: 17 – Uma técnica não-verbal de controle

Escolhemos trabalhar com esse exercício já que ele expõe situações de controle, domínio, sujeição, relações de poder, conceitos vistos por nós durante toda nossa graduação de Ciências Sociais.
Esse tipo de dinâmica pode ilustrar a sempre discutida posição do professor em sala de aula. O professor costuma ter uma posição destacada no espaço físico da sala de aula. Seja por estar em pé, ou de frente para todos, ou como em outros países, no centro da sala. E esse estilo de aula acaba por, muitas vezes, inibir uma maior participação do aluno na aula. O diálogo com o professor fica comprometido já que o mesmo busca dominar os alunos, controlá-los para que ajam sob seu comando.
Ao estar de pé, todas as ações e falas (comunicação verbal) do professor se tornam mais convincentes e fortes em relação aos alunos: “Todos quietos!”, “Façam o exercício!”. Tudo isto pode criar uma distância entre os dois na sala de aula.
Para solucionar tal fato, alguns professores preferem fazer círculos em que todos estão sentados à mesma altura e de frente para todos. Buscando assim, uma posição igualitária na organização da sala para que isso se reflita na hora dos discursos de cada um.
Para reforçar essa ideia podemos citar um trecho do filme “Sociedade dos Poetas Mortos”, que conta a luta de um professor com métodos alternativos de aprendizagem contra uma instituição tradicionalista e que sempre preza em seguir um roteiro para alcançar resultados. Nele, o professor sobe em sua mesa e diz que ali ele pode ver as coisas sob uma ótica diferente e pede para que todos os alunos subam também para que possam entender como as coisas que eles sabem e conhecem podem se tornar diferentes sob outro ponto de vista.
Neste exercício os