dinheiro
OLIVEIRA, Eloiza da Silva Gomes de - UERJ
GT: Psicologia da Educação /n.20
Agência Financiadora: Não contou com financiamento.
INTRODUÇÃO
Este texto mostra algumas conclusões de uma pesquisa sobre os efeitos da relação da criança com o computador. Estudamos estes efeitos sobre o desenvolvimento cognitivo de crianças no estágio evolutivo que Piaget chamou das “operações concretas do pensamento” e sobre a construção da identidade humana na etapa do ciclo vital que Erik Erikson denominou “produtividade (diligência ou indústria) X inferioridade.
A problemática norteadora da investigação foi a indagação sobre os efeitos cognitivos e emocionais da entrada da criança no mundo da virtualidade numa idade (8 a 11 anos, idade do grupo com que trabalhamos na pesquisa) em que opera mentalmente de forma ainda concreta.
A primeira vertente da pesquisa contemplou os aspectos cognitivos do processo; a segunda – que detalhamos neste texto – focalizou aspectos sócio-emocionais do desenvolvimento infantil.
O computador recebeu atenção especial. Nesta faixa etária ele “invade” definitivamente o cotidiano infantil e se torna essencial para a criança.
Primeiramente incorporado objetalmente como jogo, diversão, lazer, o computador precisa ser resignificado, para a representação como recurso de aprendizagem e, posteriormente, como instrumento de trabalho.. Ele é responsável por importantes mediações e acrescido como ferramente à identidade da criança “incluída digitalmente”, utilizando uma expressão atual.
Pierre Lévy (1999, p. 15) critica, com propriedade, a oposição precipitada entre o real e o virtual. Segundo ele, a palavra “virtual” é utilizada, incorretamente, para indicar a mera ausência de existência (reduzindo a realidade apenas ao que é tangível). Isto coloca, falsamente, o real na ordem do “tenho” e desloca o virtual para a ordem do “terás”, ou da ilusão.
Para Lévy
...o