dinamica de grupo
Hoje essa percepção faz parte do dia-a-dia de Sergio. Mas houve um tempo em que não era bem assim. Há alguns anos, ele foi chamado à sala do então vice-presidente de recursos humanos da Sodexho Pass para a América do Sul, Plínio Romitto Júnior, e ouviu o seguinte: "Você é brilhante, mas tenta canalizar o reconhecimento para você mesmo. E isso é um problema. Porque o seu brilho nada mais é do que a soma do trabalho de sua equipe". Em princípio, Sergio resistiu à crítica. Depois ficou com raiva de si mesmo por não ter percebido logo isso. E, em seguida, começou a repensar toda sua forma de trabalhar. Hoje, ele não tem dúvidas de quem é o centro das atenções nessa história: o seu time. Tanto que não gosta de falar em primeira pessoa sobre qualquer aspecto relacionado ao trabalho. "Tudo é feito em conjunto. Eu dependo das pessoas mais do que elas dependem de mim. É um fato. Então, nada mais lógico que eu tenha de servi-las, para que tenham condições de fazer bem o seu trabalho", afirma.
Esse modo de ver a vida profissional também faz parte do conceito de espiritualidade que guia o paulista Marcos Cominato, de 46 anos, diretor de recursos humanos da filial brasileira da Nokia, fabricante de celulares finlandesa. "Espiritualidade é a consciência de que não viemos ao mundo para nos auto-satisfazer, mas para nos colocarmos a serviço das outras pessoas. E isso não significa um ato isolado. É uma postura para as 24 horas do dia", afirma o executivo. Segundo ele, essa atitude vem como conseqüência da harmonia entre as quatro dimensões que formam o ser humano: racional, social, emocional e espiritual. "Um profissional realizado, de alta performance, só consegue chegar a esse patamar se tiver os quatro aspectos em equilíbrio", diz Marcos. Antes de tentar colocar isso em prática, no entanto, é preciso entender o que significam cada uma dessas dimensões. Quem explica é a psicóloga Bene Catanante, sócia-diretora da consultoria Com Ciência Recursos Humanos e