Dimensões dos Processos Organizacionais
De um modo simples poderíamos falar que a vida é uma busca pela felicidade, não a felicidade. A felicidade sempre foi e será o centro das discussões religiosas, filosóficas, psicanalíticas e também faz parte de uma lucrativa indústria: a da auto-ajuda.
O ser humano busca aquilo que ele não tem, e a felicidade é a busca de todos. O vazio primitivo do ser humano impulsiona o indivíduo a buscar uma completitude insaciável. Esse vazio é a fonte de todo sofrimento e a causa da busca de uma plenitude que chamamos de felicidade.
O vazio primitivo do ser humano começa a ser notado quando a criança passa a ganhar consciência da realidade e sentir necessidade de satisfação de suas exigências objetivas e subjetivas. Dentro desse vazio cabem todos os sonhos e todas as necessidades, envolve todos os meios de relacionamentos e a sua dimensão é a dimensão de cada um.
A felicidade é uma busca mista nos humanos, temos consciência dela, e ao mesmo tempo, é instintiva porque faz parte de um fator inato do comportamento humano. O instinto animal é apenas de sobrevivência e reprodução e o seu aprendizado está limitado à capacidade de sua espécie. O humano, além do instinto de sobrevivência e reprodução, possui o instinto da busca, que apesar de ser um valor inato da espécie, ele se manifesta de maneira diferente em cada pessoa.
Devido a unicidade do ser humano, da indimensionalidade e a subjetividade das buscas, a nossa racionalidade torna-se incapaz de compreender em plenitude o que é a felicidade. Filósofos, religiosos e cientistas criaram conceitos, definições e tentaram explicar e ensinar o que é felicidade. Religiões como o Cristianismo, antes de explicarem, criaram o preceito de que a felicidade está além da vida, que o sofrimento seria uma forma de conquistar a felicidade. Se isso não explicou, pelo menos criou um lenitivo para o ser humano, na qual a fé e a resignação seriam maneiras de conseguir a felicidade. A filosofia clássica e