Digitalização
Eliana Rezende
1.Consultora em Gestão de Informação & Memória Institucional 2.Curadora e Produtora de Conteúdos 3. Docente EaD
Não é de hoje que uma pergunta nos meios corporativos se coloca.
Afinal, podem os softwares de GED/ECM e um profissional de tecnologia substituir a figura de um profissional que realize a Gestão Documental?
Tal preocupação não apenas se justifica como também encontra sólidos motivos: no mercado proliferam diferentes tecnologias que são oferecidas como vantagem competitiva no que diz respeito ao tratamento de documentação. Em muitos casos, são oferecidos como a caixa de pandora, onde todos os problemas em relação à produção e gestão de documentos estaria solucionada. Mas como muitos já aprenderam e à duras penas isto nem sempre acontece.
Que fatores devem ser tomados em conta num momento em que se decide por essa ou aquela estratégia?
Sugiro que para abordarmos tal tema comecemos por estabelecer definições para cada um dos termos que envolvem esta questão, e qual a sua abrangência ou a que tipo de instituição e objetivos eles se aplicam.
Em primeiro lugar é preciso definirmos o que vem a ser Gestão Documental e de que forma esta se diferencia de um GED/ECM. Para isso sugiro a leitura de outro post que fiz e onde procurei estabelecer essa diferença. Clique aqui:
Esclarecidos ambos, agora é o momento de definirmos o que vem a ser a digitalização.
Para o Conarq (CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS), digitalização pode ser definida como:
“Um processo de conversão dos documentos arquivísticos em formato digital, que consiste em unidades de dados binários, denominadas de bits - que são 0 (zero) e 1 (um), agrupadas em conjuntos de 8 bits (binary digit) formando um byte, e com os quais os computadores criam, recebem, processam, transmitem e armazenam dados.
De acordo com a natureza do documento arquivístico original, diversos dispositivos tecnológicos (hardware) e programas de computadores