Digest O Suinos Fisiologia
Os suínos são classificados como animais monogástricos por possuírem estômago simples e ceco não funcional, o que lhes confere três características digestivas básicas:
5.2.1. Pequena Capacidade de Armazenamento
O suíno tem, como mostra a tabela 03, uma baixa capacidade de armazenamento de alimentos. Isso determina um manejo alimentar com duas ou mais refeições diárias para dietas restritivas.
Tabela 03 - Capacidades absoluta e relativa dos órgãos do sistema digestivo suínos.
Órgão
Estômago
Intestino
Delgado
Comprimento médio (m)
Comprimento relativo (%)
Capacidade média (l)
Capacidade relativa (%)
_
18,0
_
78
6-8
9 - 10
29
33
Cecum
0,3 - 0,4
1
1,5
6
Colon e Reto
4,0 - 5,0
21
8-9
32
TOTAL
23
100
24 - 28
100
5.2.2. Baixa Capacidade de Síntese de Nutrientes
Excetuando algumas vitaminas do complexo B, sintetizadas indiretamente pelos microorganismos que habitam o ceco, o suíno não apresenta mapas metabólicos de sínteses endógenas importantes.
5.2.3. Baixo Aproveitamento de Fibras
A morfofisiologia do trato digestivo suíno não oportuniza condições para microorganismos que usam como substrato materiais fibrosos.
5.3. DIGESTÃO NA BOCA
Durante o tempo em que permanece na boca, o alimento sofre ações mecânicas e químicas.
A ação mecânica, através da mastigação, serve principalmente para umidificar e dividir o alimento em partículas menores, facilitando sua deglutição e posterior digestão. A ação química é realizada pela saliva, que é constituída por cerca de 99% de água e o restante por diversos componentes orgânicos e inorgânicos, dentre os quais está a α-amilase, enzima que ataca as ligações α-1-4, presentes no amido e em outros polissacarídeos, mas que exerce pouco efeito em função da rápida deglutição. Três pares de glândulas são responsáveis pela secreção da saliva: parótidas, sub-linguais e sub-maxilares, sendo que as parótidas são as principais responsáveis pela secreção da α-amilase ou ptialina.
5.4. DIGESTÃO NO