Dificuldades e desafios para a promoção da equidade de gênero nos curriculos da escola básica
FERRARI, Milena Corrêa–UFMT - mc.milena@gmail.com
COSTA, Rayane de Paula - UFMT.
Historicamente encontramos diferenças entre os gêneros masculino e feminino, e uma das formas de exclusão e desigualdade entre ambos é a linguagem. A linguagem sexista é um dos fatores que contribuem para a construção social da desigualdade e exclusão de gênero, sendo o papel da linguagem na construção social de extrema importância para que estas barreiras sociais criadas pela diferenças dos sexos sejam superadas. A escola, como campo privilegiado de difusão dos discursos, pode contribuir para superar as barreiras criadas pela desigualdade e exclusão de gênero. No entanto, verificamos que a linguagem sexista é corrente na escola, nas práticas de seus membros, dentro e fora das salas de aula e também nos currículos, por meio dos modos de seleção e operacionalização dos conteúdos. No âmbito acadêmico estas práticas sexistas se agravam. Não temos na estrutura curricular dos cursos de licenciatura uma disciplina específica a cerca das relações de gênero e correlatos. A estrutura curricular nos cursos como Pedagogia, Letras e Ciências Sociais ainda estão fundadas em uma estrutura tradicional de ensino, tomando como base o modelo patriarcal de sociedade. Neste trabalho, refletimos sobre a linguagem sexista no ambiente escolar, tomando como objeto de análise planos de ensino, PPP e as observações das práticas cotidianas na escola, identificando as dificuldades e os desafios para que a disciplina de Sociologia contribua com práticas que visem desconstruir referências e padrões estereotipados que se expressam no currículo e rotina escolar. Apresentar os desafios para a superação de práticas sexistas nos espaços acadêmicos através do processo de formação dos futuros profissionais da educação é de extrema importância, afinal a sua atuação pedagógica se dará prioritariamente no ensino fundamental