Dificuldades enfrentadas pelas forças de controle social para promover a segurança pública
SISTEMA DE JUSTIÇA CRIMINAL: CRIMINALIDADE E SOCIEDADE
Nos dias atuais, a violência pode ser considerada um dos maiores problemas da sociedade. No final da década de 1970, cresce consideravelmente no Brasil, a taxa de criminalidade através do aumento de roubos a residências, veículos e pedestres, e acentuado aumento de homicídios e outros crimes violentos. A partir de 1980, cresce o medo e a insegurança por parte da população devido à consolidação e expansão do tráfico de drogas, agravado pela fragilidade dos órgãos de segurança pública.
Com o passar dos anos, a criminalidade se disseminou e as políticas de segurança pública se estagnou. O quadro se agrava com a constatação da incapacidade da polícia em controlar ou diminuir essa onda de violência utilizando-se do sistema tradicional de Segurança Pública. Isso porque a ação isolada das diversas forças policiais e o policiamento repressivo, feito exclusivamente por homens fardados, caracterizado pelo excesso de burocracia e pela má formação dos oficiais, já não são suficientes. Diante de toda incapacidade no lidar com o crime, o grande efeito é a desconfiança da população ao sistema de justiça criminal. Sendo o mesmo, considerado lento e ineficaz .
Nas favelas criou-se um “poder paralelo” frente ao Estado constitucionalmente organizado e legitimado, onde o crime organizado toma o lugar dos Poderes Judiciário, Executivo e até Legislativo, estabelecendo um código próprio e uma espécie de justiça paralela. Diante do isolamento imposto pelo Estado, através da ausência de prestação de serviços úteis, a criminalidade se apodera.
A violência policial é outro fator que contribui com a desconfiança da população sobre a eficácia da segurança pública. Devido ao uso descomedido de força, execuções extrajudiciais e torturas. Na maioria das vezes os indivíduos não procuram ajuda da polícia quando são vítimas de crime por três razões