Dificuldade de aprendizagens em crianças adotivas
Adotar uma criança é mais do que suprir suas necessidades físicas e materiais. É respeitar o indivíduo como pessoa e contribuir para sua maturação, conservando sua origem. Percebe-se que é comum alguns pais adotivos evitarem falar a verdade para os filhos adotados com a pretensão de protegê-los de certos inconvenientes que possam vir a ocorrer. Assim como: prejuízos emocionais e algumas discriminações sociais. Portanto, quanto mais retardar a verdade da condição do filho ser adotivo, ou que essa verdade seja revelada por terceiros e até mesmo nunca vir à tona, pode influenciar na formação psicossociocognitiva da criança, ou seja, a criança pode vir a ter dificuldades de aprendizagem e de relacionamentos; tendo em vista que a relação de parentesco fica alicerçada num sentimento de insegurança.
Schettini(2009, p. 14), acredita que após a decisão de ter um filho adotivo, o outro grande passo, que é considerado muito importante, é revelar a condição de ser adotado, pois em lares onde existem segredos quanto à adoção, tais pais revelam uma insegurança e desconfiança em relação ao próprio ato em si mesmo. Segundo o autor, essa atmosfera de segredos pode influenciar no processo de desenvolvimento da personalidade da criança, bem como influenciar no desenvolvimento da aprendizagem. Analisando o texto do referido autor, nota-se que ser pai e mãe, significa tornar-se responsável pelo desenvolvimento total do indivíduo levando-se em consideração que o ser humano, seja qual for sua condição, adotado ou não, necessita ser respeitado e, sobretudo ter conhecimento de sua história de vida.
O presente artigo tem como objetivo, buscar explicações teóricas de autores renomados como Luis Schettini Filho, que tem seus estudos voltados para a Psicologia Clínica e Psicoterapia de crianças e adolescentes e Aprendizagem e Psicologia do Desenvolvimento desenvolvendo estudos e pesquisas sobre a psicologia da criança adotada e Ruth Caribé da Rocha Drouet, autora de livros,