Diferenças entre Brasil e Africa do Sul
"Além das desigualdades sociais, da busca pelo desenvolvimento, temos em comum a alegria e jogamos bem futebol", diz, descontraído, o coordenador de política e divisão de serviços da presidência da República da África do Sul, Joel Netshitenzhe.
Mas o tema dominante das conversas bilaterais são os problemas sociais.
Para amenizar as situações de pobreza, não só os países necessitados se unem, mas também contam com o apoio de pelo menos um dos mais ricos do mundo, o Reino Unido.
O DFID apóia o Programa Brasil-África de Cooperação em Proteção Social, no qual o International Poverty Centre (IPC) - uma parceria do governo brasileiro com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), que no Brasil se chama Centro Internacional de Pobreza (CIP) - auxilia na organização do intercâmbio de projetos de políticas sociais, num contexto em que o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) passa sua experiência para esses países. O programa começou em 2006, a partir de uma iniciativa do MDS. Do Brasil têm partido para o continente africano diversos modelos de ações de combate às desigualdades sociais.
CONDICIONALIDADE. Existem diferenças significativas entre os projetos sociais dos dois países. Uma delas é a contrapartida por parte dos beneficiários. Enquanto o governo brasileiro exige regularidade na frequência escolar e no comparecimento a postos de saúde das crianças e jovens de até 17 anos para receber o auxílio do Programa Bolsa Família, na África do Sul, em projetos semelhantes, não é requerida essa contrapartida. Segundo a consultora do CIP, Melissa Andrade, o governo da África do Sul não vê necessidade para exigir esse tipo de