Diferenças entre as teorias de Lamarck e Darwin
Primeiro, vamos começar com as coisas comuns entre eles. Lamarck e Darwin acreditavam no conceito da evolução das espécies. Apesar de ter sido realmente revolucionária, era uma ideia que estava no ar e vinha desenvolvendo-se desde a proposta do naturalista sueco Carl Linneaus de organizar todas as espécies no seu Systema Naturae. A árvore filogenética que se forma quando agrupamos os animais evidencia que há algum tipo de relação entre espécies próximas, possivelmente uma de descendência. A grande questão que ambos, Darwin e Lamarck, estavam a tentar resolver era sobre como uma espécie se transformava em uma outra espécie descendente. A teoria de Lamarck diz que um organismo adquire uma característica para se adaptar ao meio e transmite essa característica para a sua geração. Ele apoiava-se na sua observação de que as girafas costumam ter pescoço de comprimento igual à altura das árvores da região. A sua teoria é de que sucessivas gerações de girafas foram esticando o seu pescoço até alcançar o galho. Cada geração herdava dos seus pais a informação da altura das árvores de alguma forma. Assim as espécies evoluem de maneira a adaptar-se ao meio. Já Darwin, com seu maravilhoso trabalho de análise de pássaros nas ilhas Galápagos, elaborou uma teoria na qual novas características são obtidas de maneira aleatória e que o meio se encarregava de selecionar os indivíduos que melhor se adaptavam. As espécies evoluem por acaso e o meio apenas seleciona quais são as espécies mais importantes. No caso das girafas, o darwinismo diz que girafas com pescoço do tamanho das árvores nascem por acaso e que essas girafas, por terem tamanho correto, tem uma vantagem evolutiva sobre as outras girafas. As descobertas da genética do século XX dão um imenso suporte a apenas uma das teorias. Sendo assim, a teoria de Darwin é a mais aceite atualmente.