diferença entre ética e oral
A etimologia dos termos moral e ética nos revela um significado comum: ambos remetem a ideia de costumes; os quais são: os primeiros conteúdos culturais são maneiras de viver “inventadas” pelos seres humanos. Enquanto o comportamento dos outros animais é determinado pela natureza em qualquer tempo ou lugar, atendendo às necessidades impostas pela própria natureza de forma automática, naturalmente condicionada. Com os seres humanos é diferente, pois para atender suas necessidades, criam formas de viver que se diferenciam em tempos e lugares diversos, constroem respostas diversificadas às necessidades inscritas na natureza, reformulando constantemente as respostas, levantando novas necessidades. Suas ações são medidas tanto pela percepção do real como pela capacidade de formularem diferentes respostas a um estímulo e necessidade.
É o ponto de partida em que a ética pode servir para fundamentar a moral, sem ser em si mesma normativa ou perceptiva. A moral não é uma ciência, mas objeto da ciência, neste sentido, é por ela estudada e investigada.
A ética não é a moral e, portanto não podemos reduzi-la a um conjunto de normas, o seu papel é explicar a moral efetiva e, neste ponto de vista pode influir na própria moral.
A ética encontra-se relacionada com a virtude; essa palavra origina-se do latim “vis”, que significa força, energia; LOPES DE SÁ (1996, p.65) relata que “Na conduta ética, a virtude é condição basilar, ou seja, não se pode conceber o ético sem o virtuoso como princípio, nem deixar de apreciar tal capacidade em relação a terceiros”. A virtude do homem está relacionada com a prudência, justiça, fortaleza e temperança.
Para que isso fique mais claro vamos a um exemplo. Imagine que um médico esteja diante desta situação: para salvar a vida de uma criança, ele precisa fazer uma transfusão de sangue nela. Porém, a criança segue uma religião em que a transfusão é proibida e, sendo assim, os pais dela não permitem o