Diferença de ensino entre escolas públicas e particulares
Dois aspectos do ensino médio são o idealismo e o que se poderia chamar de reducionismo mágico dos objetivos traçados. A burocracia educacional nunca definiu concretamente o que significariam tais objetivos traduzidos para o cotidiano escolar e sempre tentou, por todos os modos, impedir que o pessoal docente chegasse a tal significado por si só. Inicialmente as mudanças formais relativas aos dois objetivos predominantes do ensino médio, conforme os documentos oficiais das reformas, foram: o formativo e o preparatório para a continuidade dos estudos. O primeiro passou pelas seguintes modificações: “proporcionar a mocidade brasileira à instrução secundária e fundamental, necessária e suficiente para o bom desempenho do cidadão na vida social” (1890). “proporcionar a cultura intelectual necessária para a obtenção do grau de bacharel em ciências e letras” (1901). “proporcionar uma cultura geral de caráter essencialmente prático, aplicável a todas as exigências da vida” (1911). “ministrar aos estudantes sólida instrução fundamental” (1915). “preparo fundamental e geral para a vida” e “fornecer a média geral do país” (1925). “formação do homem para todos os grandes setores da atividade nacional, construindo no seu espírito todo um sistema de hábitos, atitudes e comportamento que o habilitem a viver por si mesmo e a tomar em qualquer situação as decisões mais convenientes e mais seguras” (1931). “formar a personalidade integral dos adolescentes” (1942). “formação do adolescente” (1961). “a formação integral do adolescente” (1971), formação que foi mantida em 1982 mas radicalmente modificada pela Lei n.º 9394/96, que estabelece como finalidade do ensino médio (art. 35, incisos II, III e IV): - “a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade as novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores”; - o aprimoramento do educando como pessoa humana