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MODELOS CONCEITUAIS: A CONSTRUÇÃO DE MODELOS
MENTAIS NA ESCOLA
Alfredo Müllen da Paz (PPGECT/UFSC/SC)
RESUMO
Neste trabalho, discutiremos as idéias sobre modelos conceituais utilizando o estudo de Borges (1997). Referenciado neste estudo, tentaremos identificar, em um grupo de estudantes, se os mesmos conseguem construir modelos mentais de eletromagnetismo, basicamente sobre a concepção do campo eletromagnético, e os fenômenos relacionados ao mesmo. Visando subsidiar a tentativa de construção de um novo modelo, buscamos oferecer indicativos para uma melhor organização didática que leve a uma efetiva compreensão conceitual.
1. Os Modelos Conceituais
O estudo de modelos e modelizações de diversos autores, Bunge (1974), Astolfi (2001), Martinand (1986), Pietrocola (1999), Pinheiro (1996), mostrou-nos a aplicabilidade destas teorias na área especifica das ciências exatas, e mais especificamente na matemática.
Para discutir um modelo de eletromagnetismo, onde o conceito de campo eletromagnético não é “visível” na realidade dos estudantes, iremos nos referenciar basicamente nas idéias de Mario Bungei, em particular sobre a sua maneira de conceber as relações entre as teorias e a realidade, ou seja, como os modelos podem oferecer uma forma de conceber o realismo científico sem no entanto identificá-lo com as formas mais ingênuas que acabam por propor as teorias científicas como imagens refletidas da realidade.
As discussões do trabalho de Bunge (1974) iniciam-se pela análise da função dos modelos na constituição do conhecimento teórico das Ciências. Segundo o autor, a ciência desenvolvida pelas sociedades modernas tem a capacidade de produzir conhecimento teórico diferente do das sociedades pré-industriais, onde a crença, opinião e conhecimento pré-teórico eram suficientes. A ciência contemporânea não é somente experiência, é sim, teoria mais experiência planificada, executada e entendida à luz de teorias.
No campo educacional, a utilização