Didática
Outrora, entre a família e a escola existia uma barreira praticamente intransponível e a relação existente limitava-se a um mínimo indispensável. Atualmente, as transformações ocorridas a nível econômico, social e cultural repercutem-se nestas instituições obrigando-as a questionar-se sobre que tipo de relação pretendem. A família sempre foi e continua a ser a instituição-chave onde se estréia a socialização; é nela que a criança se inicia como indivíduo social desde o seu nascimento. Depois, surge a escola, em parceria com a comunidade, onde o indivíduo se insere, num processo de socialização que se desenrola ao longo da vida. Portanto, a família nunca pode abdicar da sua função socializadora, embora, na escola, a interação social se amplifique, ganhe uma nova dimensão, diversificada e plural e se transforme num processo dinâmico que funciona ou deve funcionar, sempre, numa convergência de esforços com a família. Daqui resulta objetivamente a necessidade de escola e família se tornarem parceiros privilegiados de todo o processo educativo para que desta interação permanente se possa obter um desenvolvimento harmonioso e equilibrado dos indivíduos.E se muitos pais não participam, por razões diversas, na vida escolar dos seus filhos, há que procurar a melhor forma de os trazer à escola ou até mesmo a maneira mais eficaz de ser a própria escola a aproximar-se deles, propondo-lhes ou descobrindo, em conjunto, modos de participação em que os professores terão um papel primordial a desempenhar. Quando esta „barreira‟ for ultrapassada a relação família-escola sairá beneficiada pois, quer os pais quer a escola, assumirão, em definitivo o seu papel de Relação Família-Escola/Participação dos Pais .Maria do Céu Gomes Leal de Oliveira co-responsabilização no processo educativo que, desta forma, caminhará para um funcionamento mais perfeito e eficaz.Assim, no nosso trabalho procuraremos definir o conceito de família e apontar algumas das mudanças nela ocorridas