A didática constitui-se em uma área de estudo de fundamental importância à formação de educadores, visto que ela possibilita fornecer bases teóricas para que estes possam atuar diante das mais diversas situações práticas de ensino, correspondendo assim um dos pilares básicos para a prática docente. Libâneo define a didática como uma disciplina que estuda o processo de ensino no seu conjunto, no qual os objetivos, conteúdos, métodos e formas organizativas da aula se relacionam entre si de modo a criar as condições e os modos de garantir aos alunos uma aprendizagem significativa. Contudo, numa perspectiva histórica, houve uma diversidade de tipos de mediação didática que caracterizou cada uma das tendências pedagógicas, entendendo a didática como a "área que cuida dos objetivos, condições e modos de realização do processo de ensino"(LIBÂNEO, 2002). A Tendência Tradicional jesuítica tinha como base a transmissão de conhecimentos, concebendo alunos (as) como seres passivos e o professor como figura básica do processo ensino-aprendizagem. A partir dessa, outras tendências foram se constituindo, embora muito ainda se perceba dessa no cenário educacional atual. A tendência escola-novista representou significativa influência nos rumos da educação, ao considerar o professor como um orientador da aprendizagem, deixando assim de ser o detentor do saber, sob intenção de uma relação mais dialética entre professor e alunos, na qual a criança passa a ser o centro do ensino, ao passo que é considerada um ser ativo no processo de ensino. Em outro momento, nasce a tendência tecnicista que reduz o ensino à tarefa de instrução, ou seja, busca-se ajustar os objetivos de ensino às exigências do sistema, dando ênfase aos meios para garantir os resultados e conteúdos desvinculados de contexto. Paulo Freire abriu espaço para a identificação de uma mediação didática em que, no processo de ensino e aprendizagem, fossem privilegiadas ativas discussões, a partir de temas geradores, voltando à